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      Como usar o ps, kill e nice para gerenciar processos no Linux


      Introdução


      Um servidor Linux, assim como qualquer outro computador que você conheça, executa aplicativos. Para o computador, eles são considerados “processos”.

      Embora o Linux lide nos bastidores com o gerenciamento de baixo nível no ciclo de vida de um processo, você precisará de uma maneira de interagir com o sistema operacional para gerenciá-lo de um nível superior.

      Neste guia, vamos discutir alguns aspectos simples do gerenciamento de processos. O Linux oferece uma coleção abundante de ferramentas para esse propósito.

      Vamos explorar essas ideias em um VPS Ubuntu 12.04, mas qualquer distribuição moderna do Linux funcionará de maneira similar.

      Como visualizar processos em execução no Linux


      top


      A maneira mais fácil de descobrir quais processos estão sendo executados no seu servidor é executando o comando top:

      top***
      
      top - 15:14:40 up 46 min,  1 user,  load average: 0.00, 0.01, 0.05 Tasks:  56 total,   1 running,  55 sleeping,   0 stopped,   0 zombie Cpu(s):  0.0%us,  0.0%sy,  0.0%ni,100.0%id,  0.0%wa,  0.0%hi,  0.0%si,  0.0%st Mem:   1019600k total,   316576k used,   703024k free,     7652k buffers Swap:        0k total,        0k used,        0k free,   258976k cached   PID USER      PR  NI  VIRT  RES  SHR S %CPU %MEM    TIME+  COMMAND               1 root      20   0 24188 2120 1300 S  0.0  0.2   0:00.56 init                   2 root      20   0     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.00 kthreadd               3 root      20   0     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.07 ksoftirqd/0            6 root      RT   0     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.00 migration/0            7 root      RT   0     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.03 watchdog/0             8 root       0 -20     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.00 cpuset                 9 root       0 -20     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.00 khelper               10 root      20   0     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.00 kdevtmpfs          
      

      A porção superior de informações mostra estatísticas do sistema, como a carga do sistema e o número total de tarefas.

      É possível ver facilmente que há 1 processo em execução e 55 processos estão suspensos (ou seja, ociosos/sem utilizar recursos da CPU).

      A parte inferior mostra os processos em execução e suas estatísticas de uso.

      htop


      Uma versão melhorada de top, chamada htop, está disponível nos repositórios. Instale-o com este comando:

      sudo apt-get install htop
      

      Se executarmos o comando htop, veremos que as informação são exibidas de uma maneira mais inteligível:

      htop***
      
        Mem[|||||||||||           49/995MB]     Load average: 0.00 0.03 0.05   CPU[                          0.0%]     Tasks: 21, 3 thr; 1 running   Swp[                         0/0MB]     Uptime: 00:58:11   PID USER      PRI  NI  VIRT   RES   SHR S CPU% MEM%   TIME+  Command  1259 root       20   0 25660  1880  1368 R  0.0  0.2  0:00.06 htop     1 root       20   0 24188  2120  1300 S  0.0  0.2  0:00.56 /sbin/init   311 root       20   0 17224   636   440 S  0.0  0.1  0:00.07 upstart-udev-brid   314 root       20   0 21592  1280   760 S  0.0  0.1  0:00.06 /sbin/udevd --dae   389 messagebu  20   0 23808   688   444 S  0.0  0.1  0:00.01 dbus-daemon --sys   407 syslog     20   0  243M  1404  1080 S  0.0  0.1  0:00.02 rsyslogd -c5   408 syslog     20   0  243M  1404  1080 S  0.0  0.1  0:00.00 rsyslogd -c5   409 syslog     20   0  243M  1404  1080 S  0.0  0.1  0:00.00 rsyslogd -c5   406 syslog     20   0  243M  1404  1080 S  0.0  0.1  0:00.04 rsyslogd -c5   553 root       20   0 15180   400   204 S  0.0  0.0  0:00.01 upstart-socket-br
      

      Aprenda mais sobre como usar o top e htop aqui.

      Como usar o ps para listar processos


      Tanto o top quanto o htop fornecem uma interface agradável para visualizar processos em execução, de maneira semelhante a um gerenciador de tarefas gráfico.

      No entanto, essas ferramentas nem sempre são flexíveis o suficiente para abranger adequadamente todos os cenários. Um comando poderoso chamado ps é geralmente a resposta para esses problemas.

      Quando chamado sem argumentos, o resultado pode ser um pouco confuso:

      ps***
      
        PID TTY          TIME CMD  1017 pts/0    00:00:00 bash  1262 pts/0    00:00:00 ps
      

      Esse resultado mostra todos os processos associados ao usuário e sessão de terminal atuais. Isso faz sentido porque estamos executando apenas o bash e ps com esse terminal atualmente.

      Para conseguirmos uma visão mais completa dos processos neste sistema, podemos executar o seguinte:

      ps aux***
      
      USER       PID %CPU %MEM    VSZ   RSS TTY      STAT START   TIME COMMAND root         1  0.0  0.2  24188  2120 ?        Ss   14:28   0:00 /sbin/init root         2  0.0  0.0      0     0 ?        S    14:28   0:00 [kthreadd] root         3  0.0  0.0      0     0 ?        S    14:28   0:00 [ksoftirqd/0] root         6  0.0  0.0      0     0 ?        S    14:28   0:00 [migration/0] root         7  0.0  0.0      0     0 ?        S    14:28   0:00 [watchdog/0] root         8  0.0  0.0      0     0 ?        S<   14:28   0:00 [cpuset] root         9  0.0  0.0      0     0 ?        S<   14:28   0:00 [khelper] . . .
      

      Essas opções dizem ao ps para mostrar processos de propriedade de todos os usuários (independentemente da sua associação de terminais) em um formato facilmente inteligível.

      Para ver um modo de exibição em árvore, onde relações hierárquicas são mostradas, executamos o comando com essas opções:

      ps axjf***
      
       PPID   PID  PGID   SID TTY      TPGID STAT   UID   TIME COMMAND     0     2     0     0 ?           -1 S        0   0:00 [kthreadd]     2     3     0     0 ?           -1 S        0   0:00  _ [ksoftirqd/0]     2     6     0     0 ?           -1 S        0   0:00  _ [migration/0]     2     7     0     0 ?           -1 S        0   0:00  _ [watchdog/0]     2     8     0     0 ?           -1 S<       0   0:00  _ [cpuset]     2     9     0     0 ?           -1 S<       0   0:00  _ [khelper]     2    10     0     0 ?           -1 S        0   0:00  _ [kdevtmpfs]     2    11     0     0 ?           -1 S<       0   0:00  _ [netns] . . .
      

      Como se vê, o processo kthreadd é mostrado como um pai do processo ksoftirqd/0 e de outros.

      Uma nota sobre IDs de processo


      No Linux e em sistemas do tipo Unix, cada processo é atribuído a um ID de processo, ou PID. É assim que o sistema operacional identifica e mantém o controle dos processos.

      Uma maneira rápida de obter o PID de um processo é com o comando pgrep:

      pgrep bash***
      
      1017
      

      Isso irá simplesmente consultar o ID do processo e retorná-lo.

      Ao primeiro processo gerado na inicialização do sistema, chamado init, é atribuído o PID de “1″.

      pgrep init***
      
      1
      

      Esse processo é então responsável por gerar todos os processos no sistema. Os processos posteriores recebem números PID maiores.

      O pai de um processo é o processo que foi responsável por gerá-lo. Os processos pais possuem um PPID, que pode ser visto no cabeçalho da coluna correspondente em muitos aplicativos de gerenciamento de processos, incluindo o top, htop e ps.

      Qualquer comunicação entre o usuário e o sistema operacional em relação aos processos envolve a tradução entre os nomes de processos e PIDs em algum ponto durante a operação. É por isso que os utilitários informam o PID.

      Relacionamentos pai/filho


      A criação de um processo filho acontece em dois passos: fork(), que cria espaços de endereço e copia os recursos de propriedade do pai via copia em gravação para que fique disponível ao processo filho; e exec(), que carrega um executável no espaço de endereço e o executa.

      Caso um processo filho morra antes do seu pai, o filho torna-se um zumbi até que o pai tenha coletado informações sobre ele ou indicado ao kernel que ele não precisa dessas informações. Os recursos do processo filho serão então libertados. No entanto, se o processo pai morrer antes do filho, o filho será adotado pelo init, embora também possa ser reatribuído a outro processo.

      Como enviar sinais de processos no Linux


      Todos os processos no Linux respondem a sinais. Os sinais são uma maneira ao nível de SO de dizer aos programas para terminarem ou modificarem seu comportamento.

      Como enviar sinais de processos por PID


      A maneira mais comum de passar sinais para um programa é com o comando kill.

      Como se espera, a funcionalidade padrão desse utilitário é tentar encerrar um processo:

      <pre>kill <span class=“highlight”>PIDoftarget_process</span></pre>

      Isso envia o sinal TERM ao processo. O sinal TERM pede ao processo para encerrar. Isso permite que o programa execute operações de limpeza e seja finalizado sem problemas.

      Se o programa estiver se comportando incorretamente e não se encerrar quando um sinal TERM for passado, podemos escalar o sinal passando o sinal KILL:

      <pre>kill -KILL <span class=“highlight”>PIDoftarget_process</span></pre>

      Esse é um sinal especial que não é enviado ao programa.

      Ao invés disso, ele é dado ao kernel do sistema operacional, que encerra o processo. Isso é usado para passar por cima de programas que ignoram os sinais que lhe são enviados.

      Cada sinal possui um número associado que pode ser passado ao invés de seu nome. Por exemplo, é possível passar “-15″ ao invés de ”-TERM” e ”-9″ ao invés de ”-KILL”.

      Como usar sinais para outros fins


      Os sinais não são usados apenas para encerrar programas. Eles também podem ser usados para realizar outras ações.

      Por exemplo, muitos daemons são reiniciados quando recebem o HUP, ou sinal de desligamento. O Apache é um programa que funciona dessa forma.

      <pre>sudo kill -HUP <span class=“highlight”>pidofapache</span></pre>

      O comando acima fará com que o Apache recarregue seu arquivo de configuração e retome o serviço de conteúdo.

      Liste todos os sinais que podem ser enviados com o kill digitando:

      kill -l***
      
      1) SIGHUP    2) SIGINT   3) SIGQUIT  4) SIGILL   5) SIGTRAP  6) SIGABRT  7) SIGBUS   8) SIGFPE   9) SIGKILL 10) SIGUSR1 11) SIGSEGV 12) SIGUSR2 13) SIGPIPE 14) SIGALRM 15) SIGTERM . . .
      

      Como enviar sinais de processos pelo nome


      Embora a maneira convencional de enviar sinais seja através do uso de PIDs, também existem métodos para fazer isso com os nomes regulares dos processos.

      O comando pkill funciona de maneira bastante similar ao kill, com a diferença de operar com um nome de processo:

      pkill -9 ping
      

      O comando acima é equivalente a:

      kill -9 `pgrep ping`
      

      Se quiser enviar um sinal para todas as instâncias de um determinado processo, utilize o comando killall:

      killall firefox
      

      O comando acima enviará o sinal TERM para todas as instâncias do firefox em execução no computador.

      Como ajustar prioridades de processos


      Geralmente, é desejável ajustar quais processos recebem prioridade em um ambiente de servidor.

      Alguns processos podem ser considerados críticos para sua situação, enquanto outros podem ser executados sempre que houver recursos sobrando no sistema.

      O Linux controla a prioridade através de um valor chamado niceness (gentileza).

      As tarefas de alta prioridade são consideradas menos nice (gentis), porque não compartilham recursos tão bem. Por outro lado, os processos de baixa prioridade são nice, porque insistem em utilizar apenas a menor quantidade de recursos.

      Quando executamos o top no início do artigo, havia uma coluna marcada “NI”. Esse é o valor de gentileza do processo:

      top***
      
       Tasks:  56 total,   1 running,  55 sleeping,   0 stopped,   0 zombie Cpu(s):  0.0%us,  0.3%sy,  0.0%ni, 99.7%id,  0.0%wa,  0.0%hi,  0.0%si,  0.0%st Mem:   1019600k total,   324496k used,   695104k free,     8512k buffers Swap:        0k total,        0k used,        0k free,   264812k cached   PID USER      PR  NI  VIRT  RES  SHR S %CPU %MEM    TIME+  COMMAND            1635 root      20   0 17300 1200  920 R  0.3  0.1   0:00.01 top                    1 root      20   0 24188 2120 1300 S  0.0  0.2   0:00.56 init                   2 root      20   0     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.00 kthreadd               3 root      20   0     0    0    0 S  0.0  0.0   0:00.11 ksoftirqd/0
      

      Os valores de gentileza podem variar entre “-19/-20” (prioridade mais alta) e ”19/20” (prioridade mais baixa), dependendo do sistema.

      Para executar um programa com um certo valor de gentileza, podemos usar o comando nice:

      <pre>nice -n 15 <span class=“highlight”>commandtoexecute</span></pre>

      Isso funciona apenas ao iniciar um novo programa.

      Para alterar o valor de gentileza de um programa que já está sendo executado, usamos uma ferramenta chamada renice:

      <pre>renice 0 <span class=“highlight”>PIDtoprioritize</span></pre>

      Nota: embora o comando nice opere necessariamente com um nome de comando, o renice opera chamando o PID do processo

      Conclusão


      O gerenciamento de processos é um tópico que pode ser de difícil compreensão para novos usuários, pois as ferramentas usadas são diferentes de seus equivalentes gráficos.

      No entanto, as ideias são habituais e intuitivas e, com um pouco de prática, se tornarão naturais. Como os processos estão envolvidos em tudo o que é feito em um sistema de computador, aprender como controlá-los de maneira eficaz é uma habilidade essencial.

      <div class=“author”>Por Justin Ellingwood</div>



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